Não existe profissão mais desvalorizada como esta, pois seja em filmes ou na vida real o professor é sempre estereotipado como um cara mal vestido, que ganha pouco, meio solitário e que trabalha muito. Se esquecem que é a profissão acima te todas, mas o salário é melhor nem comentar.
Só apaixonados mesmo é que trabalham em uma área com tanta coisa contra, e pouquíssimas a favor , mas o fruto desse são o maravilhosos alunos que com o passar dos anos vemos eles formados exercendo suas belas profissões.
sábado, 23 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Profissão de apaixonados e sofredores
Dificuldades do magistério escondem vantagens e prazeres que só os apaixonados pela profissão conhecem Marília Juste |
Classes lotadas, alunos desinteressados, material ultrapassado e salários baixos. Com certeza não é isso que ninguém gostaria de enfrentar em seu dia-a-dia. No entanto, nos últimos anos tem aumentado a procura dos estudantes por cursos de licenciatura, segundo dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).A quantidade de vagas nas universidades também tem crescido, assim como o número de formandos.
"Nossa recompensa é ver o
aluno progredir. É ver um aluno pobre, com poucas chances, vencer na vida, tornar-se médico, advogado, até colega de trabalho", conta a professora Maria Senna do Nascimento, que dá aulas de geografia e história há 23 anos. Marco Antônio Seta, professor de educação artística, diz que alguns alunos surpreendem tanto, que vale a pena continuar na carreira apesar de todos os problemas.
As dificuldades enfrentadas pelos mestres
são conhecidas de todos. Maria Senna, por exemplo, recebe o mesmo salário há nove anos na rede estadual de ensino de São Paulo. O desinteresse e o despreparo de muitos alunos é outro problema. "O maior desafio do professor hoje é fazer o menino aprender", afirma categoricamente a secretária de Educação Infantil e Fundamental Maria José Vieira Feres. Segundo ela, 59% dos alunos que estão atualmente na 4a série têm dificuldades para ler. "Tem quem não goste que a gente divulgue essas estatísticas, mas elas são a realidade. E é preciso entender essa realidade para poder melhorar", diz.
Além de tudo isso, muitos professores do
país não possuem as exigências mínimas necessárias para estarem em sala de aula e vão precisar correr contra o tempo para se atualizar. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), até 2006 os professores do Ensino Fundamental e Médio precisam ser formados em um curso superior de licenciatura. Uma resolução de janeiro deste ano permitiu que os professores de 1a a 4a séries pudessem dar aulas apenas com formação do ensino médio. Dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) mostram que quase 30% dos professores de 5a a 8a séries e do Ensino Médio não atendem a essas exigências da LDB. Para resolver a situação, o governo tem investido na formação desses professores, por meio principalmente de diversos cursos de ensino a distância.
Mas existem vantagens no magistério pouco
discutidas que vão além do encantamento com alguns alunos. "Hoje em dia, é muito difícil você encontrar desemprego entre professores", afirma o secretário de Educação Média e Tecnológica do Ministério da Educação, Antonio Ibañez. Principalmente entre os que dão aulas d e ciência, ele informa. No entanto, não basta apenas conhecer sua área para estar na frente de uma sala de aula. "O conhecimento técnico e científico não é tudo. O professor precisa ser capaz de fazer a criança relacionar o que aprende com o seu cotidiano", acredita Ibañez.
Apesar da importância da profissão, ela ainda
é pouco valorizada, segundo a professora do Ensino Fundamental Cibele Rufino. Feres concorda e afirma que os jovens só vão realmente se interessar pela carreira quando a identidade profissional do professor for resgatada por meio de programas de valorização. Além disso, a secretária acredita que é preciso investir na constante atualização do conhecimento do professor. "Eu não quero que meu filho vá em um médico ruim. Da mesmo maneira, não quero que ele tenha um professor ruim", afirma.
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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Avril Lavigne - Knockin' on Heaven's Door
Batendo Na Porta Do Céu
Mamãe tire esse distintivo do meu peito
Eu não posso mais usa-lo
Está ficando escuro, escuro demais para ver
Me sinto como se eu estivesse batendo na porta do céu
Bate-bate-bate na porta do céu
Bate-bate-bate na porta do céu
Bate-bate-bate na porta do céu
Bate-bate-bate na porta do céu
Mamãe ponha minhas armas no chão
Eu não posso mais usa-las
Esta fria nuvem negra está descendo
Me sinto como se eu estivesse batendo na porta do céu
Bate-bate-bate na porta do céu
Bate-bate-bate na porta do céu
Bate-bate-bate na porta do céu
Bate-bate-bate na porta do céu
"É melhor você começar a respirar por conta própria
ordem de camaradas porque isso é apenas sua
oposição a seu maltrapilho libido, o banco e
a morte, sempre, cara, e isso não deveria ser
sorte se você conseguir sair da vida viva"*
Bate-bate-bate na porta do céu (12x)
Link: http://www.vagalume.com.br/guns-n-roses/knockin-on-heavens-door-traducao.html#ixzz2LOucJeLR
A música nunca foi tão repetitiva?
Eu quero tchu, eu quero tchá. Lê, lê, lê, lê, lê, lê. Tchetchereretetê. Você já teve a impressão de que as músicas estão ficando cada vez mais bobinhas – e mais parecidas? Não é mera impressão. Cientistas do Instituto de Pesquisa de Inteligência Artificial, na Espanha, analisaram 460 mil canções gravadas nos últimos 50 anos e concluíram: sim, a música está ficando mais repetitiva. Isso acontece porque os compositores criam melodias cada vez mais parecidas e as gravações usam menos instrumentos.
Os pesquisadores chegaram a esse resultado usando um software que analisa a composição sonora das músicas. Mas por que a música está mais repetitiva, afinal? O estudo não apresenta uma explicação, mas os cientistas arriscam um palpite: PREGUIÇA DOS COMPOSITORES.
Como a música mudou nas últimas décadas – e como perceber isso:
VOLUME MAIS ALTO
O que aconteceu: os músicos gravam num volume mais alto e constante. O objetivo é chamar a atenção do ouvinte (o que é cada vez mais difícil de conseguir).
Como perceber: ouça gravações dos anos 60 e 70 e compare com atuais. As músicas de hoje soarão mais altas e com menos variações de volume.
MENOS VARIAÇÕES
O que aconteceu: as músicas têm menos notas e/ou melodia e arranjos mais simples.
Como perceber: ouça três versões de Knocking on Heaven’s Door. A original, gravada por Bob Dylan (1973), e as versões dos Guns ‘n’ Roses (1990) e Avril Lavigne (2003). As gravações mais recentes têm menos elementos.
SONS REPETITIVOS
O que aconteceu: as músicas têm menos tons e texturas. Isso acontece porque as gravações são feitas com poucos instrumentos e técnicas parecidas.
Como perceber: ouça Come Together (1969), dos Beatles, e compare com a versão gravada por Marilyn Manson em 1995. Toda a sofisticação do quarteto inglês foi pelo ralo.
Fonte: Matéria retirada da revista Super Interessante (Edição 313 de Dezembro de 2012)
por Eduardo Szklarz
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Por que ler devia ser proibido?
Texto de Guiomar de Grammon
«A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.
Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Dom Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verosimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incómodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metros, ou no silêncio da alcova… Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.
Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.
Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores e alegrias, tantos outros sentimentos… A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna colectivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.»
Analfabetismo funcional
Não basta o aluno ler, tem que interpretar o que está lendo com criticidade, pois é mais fácil enganar um analfabeto do que um intelectual. Deram o direito de votar a que não sabia ler, mas não o fizeram conhecer através da leitura os candidatos, desta forma os mesmo se mantêm no poder por décadas.
domingo, 17 de fevereiro de 2013
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